Em roteiro por Santa Maria e região, o pré-candidato do Progressistas ao governo do Estado, senador Luis Carlos Heinze, concedeu, entrevista à rádio CDN, na tarde de sexta-feira. Antes, ele, que estava acompanhado da pré-candidata ao Senado, Comandante Nádia (Progressistas), vereadora de Porto Alegre, participou de um almoço com apoiadores da cidade e região.
Com o projeto “Heinze na estrada”, ele aposta na sua trajetória política e na força do seu partido para a disputa do Piratini. “Pela minha história, acho que posso contribuir muito com o Rio Grande do Sul, acho que posso ajudar a levantar a autoestima do nosso povo”, afirmou ele, que foi prefeito de São Borja, deputado federal por cinco vezes e, agora, senador. Já como plataforma de governo, umas das bandeiras de Heinze será a educação com atividades no turno inverso ao das aulas, além de melhorar suas estruturas. “Eu sei o valor de uma escola pública. Nós temos que fazer alguma coisa para atrair as crianças de novo para as escolas, arrumar as escolas. As escolas vão funcionar e temos que dar uma educação de qualidade”, acrescentou ele, que é formado em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Ao ser questionado sobre as propostas para a Região Central, o pré-candidato defendeu mais investimentos em rodovias e na renovação da malha ferroviária, tanto para o escoamento da produção agrícola quanto para o turismo. “Eu trabalho já há alguns anos na conclusão da Travessia de Santa Maria, que ainda não termina este ano, mas deve terminar no ano que vem. E uma ligação entre Santa Maria e Santo Ângelo. É uma estrada muito importante da zona de produção. Essas questões eu tenho trabalhado fortemente e vou continuar trabalhando”, afirmou Heinze.
Sobre o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) do Estado, o pré-candidato explicou que não é contra a “dívida em si”, mas, sim, “aos termos” em que foram negociados os débitos. “Minha contrariedade é com a forma como foi encaminhada a negociação. Não posso dispor de R$ 13, R$ 14, R$ 15 bilhões. Assim é impagável e não inviabiliza só os investimentos, mas o próprio pagamento de pessoal”, argumentou o senador, referindo-se ao total que a próxima gestão deverá pagar à União. Atualmente, o pagamento está suspenso por liminar do Supremo Tribunal Federal.
Heinze dividirá votos e o palanque do presidente Jair Bolsonaro (PL), que concorre à reeleição, com o pré-candidato ao Piratini do PL, o deputado federal e ex-ministro Onyx Lorenzoni. “Bolsonaro vai estar no meu palanque e respeitando a quem mais ele possa apoiar também”, disse o senador. Contudo, deixou claro que aposta mesmo na força do tamaho da sua sigla: “Essa estrutura partidária conta na hora do voto.”
Jaqueline Silveira, [email protected]
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